segunda-feira, 4 de março de 2013

Porra Brasil! - Parte 2


Bom dia, boa tarde, boa noite.
Este com certeza é o post mais sério nesses quase dois anos de TEIA! Portanto, o texto de hoje não terá
a menor graça - não que os outros tenham - afinal de contas não é o meu objetivo aqui.
Relatarei hoje queridos leitores, um fato ocorrido neste último sábado(2).
Estava eu, em uma linha de ônibus qualquer da minha cidade, aproximadamente às 22:40, quando ocorreu um incidente.
Um dos passageiros do ônibus sofreu(a princípio) de um infarto.
Até aí "tudo bem", o ônibus parou no exato momento em que o fato foi anunciado em voz alta pela esposa do passageiro que sofria de fortes dores no peito. Praticamente todas as pessoas do ônibus se mobilizaram, e ligaram para o SAMU, e ao mesmo tempo tentaram acalmar a esposa, e a própria vítima.
Ao ligar para o SAMU, um dos passageiros perguntou como realizar os procedimentos de primeiros socorros. O procedimento que não era tão complexo foi feito.
Vinte minutos se passaram desde as inúmeras ligações para o SAMU, e nada da ambulância.
Alguns minutos depois, surge por acaso, uma viatura da Polícia Militar na rua em que o ônibus estava estagnado, com um dos passageiros infartando. Todos solicitaram para que a PM chamasse o serviços do SAMU, na esperança do mesmo chegar mais rápido. Se passaram mais uns dez minutos, e nada.
A atitude da PM foi simples, mas nem um pouco segura. Porém era o que podia ser feito, já que aproximadamente quarenta minutos se passaram desde a solicitação do SAMU, o carro da Polícia serviu como "guia" para o nosso ônibus, que vinha logo atrás, em direção ao hospital, com um passageiro infartando no CHÃO, depois de uma tediosa e sofrível espera.
O ônibus seguiu pelas ruas da cidade, em alta velocidade, e claro, passando por todos os buracos e obstáculos que todos que moram na minha cidade estão "acostumados" a passar.
Finalmente chegamos ao hospital, o ônibus entrou dentro do mesmo. Foi solicitada pelos passageiros uma maca hospitalar para a vítima. Houve uma certa demora. Após alguns minutos, a esposa da vítima aparece dizendo: "Não tem nem médico!" Desespero, e indignação de todos.
Finalmente a maca chega, a vítima é retirada do ônibus PELOS PRÓPRIOS PASSAGEIROS, que não tinham obviamente, nenhuma prática ou propriedade de como lidar com tal situação. Não mandaram sequer um maldito profissional para levar a pessoa até a maca.
O homem foi levado para dentro do hospital, e o ônibus voltou a seguir a sua rota. Com os passageiros restantes traumatizados, é claro.
Infelizmente não tenho notícias sobre o estado de saúde da vítima.
O que aconteceu com esse homem, pode acontecer comigo, ou com qualquer um de vocês, querido leitores. Pode acontecer com qualquer uma pessoa próxima a vocês.
Pagamos esse maldito imposto caro pra caralho, pra não ter uma maldita atenção básica de saúde quando infartamos na porra de um ônibus cujo a tarifa é o preço de um Big Mac, com fritas, e coca grande. Sinceramente, a gente paga passagem, e imposto pra tomar no cu!
E pra que quando finalmente somos "resgatados" chegarmos em um hospital público, que possui uma certa estrutura, mas mal tem um profissional habilitado pra trabalhar e nos salvar.

Por hoje é isso, vou parar por aqui porque não quero infartar também, e vocês não têm ideia da raiva que passei com essa situação. E que ainda passo, ao lembrar de tudo.
Valeu aí! Brasil, um país de todos!

4 comentários:

  1. Esta é a terrivel realidade. Estão inclusive, deixando pacientes morrerem nos corredores. É normal. Estão insensíveis. Falo dos chamados "profissionais" da saúde. Perdeu-se a noção do valor da vida. E não tem saída não. É cuiddar da saúde para adoecer menos. Se adoecer, ou dá muita sorte, ou morre.

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  2. NOSSA BRUNO VOCÊ NÃO HAVIA COMENTADO ISTO ! PUXA VIDA FOI TENSO ENTÃO..!!! MAS APRENDEMOS COM SITUAÇÕES COMO ESSA , COM, CERTEZA É UM APRENDIZADO DE VIDA. INFELIZMENTE SABEMOS QUE NOSSO BRASIL IRÁ REALIZAR UMA COPA DO MUNDO E NÃO ESTAMOS PREPARADOS NEM POR UM SOCORRO DE URGÊNCIA E AINDA PIOR SEM MÉDICOS DE PRONTO ATENDIMENTO.ISTO É MAIS TENSO AINDA...

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  3. MUITO obrigado, Milton! Agradeço muito a todos que divulgarem.

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